Palestra reúne agricultores para falar sobre cancro cítrico |
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Seg, 08 de Maio de 2017 10:01 |
Gislaine Sampaio As novas técnicas para combater uma das piores pragas da citricultura, o cancro cítrico, foram temas do encontro realizado pela Santa Adélia Citros e Cimoagro, com apoio da Prefeitura, Casa da Agricultura, Dimas Tratores LS e SicoobCredicitrus. O encontro reuniu mais de 120 participantes no Recinto de Exposições, entre agricultores de Santa Adélia e de outros municípios da região, além de representantes de empresas ligadas ao agronegócio. Segundo os organizadores, o evento se reveste de importância por tratar de uma das mais temidas doenças que atacam os pomares. "O cancro cítrico ataca todas as variedades de plantas cítricas e, se não for manejada corretamente conforme a nova legislação, impedirá o produtor de comercializar frutos de mesa para o mercado interno e para exportação. A falta do manejo adequado afeta também a produtividade e qualidade dos frutos na propriedade", apontaram. As palestras "Nova Legislação do Cancro Cítrico para o Estado de São Paulo" e "Manejo do cancro cítrico" foram abordadas pelo engenheiro agrônomo Alexandre Paloschi (da Coordenadoria de Defesa Agropecuária de Catanduva); Ivaldo Sala, do Fundecitrus, e Robson Maurício Agostinho, do Cimoagro. Elas se baseiam na Instrução Normativa (IN) 37, editada e publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece medidas para o controle do cancro cítrico em todo o país, abrindo a possibilidade de estados com a incidência da praga, como São Paulo, fazerem a mitigação de risco, permitindo adotar novas estratégias de controle que não seja exclusivamente a erradicação da planta doente. Os produtores localizados em áreas afetadas poderão comercializar frutas in natura, tanto no mercado interno como no mercado internacional, desde que adotem as medidas previstas pela legislação, devidamente atestadas em um certificado fitossanitário de origem. A mudança na legislação atendeu à reivindicação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, juntamente com a Comissão Técnica de Citricultura, Câmara Setorial da Pasta. Antes da IN 37 entrar em vigor, a conduta estabelecida pela Defesa Agropecuária era a eliminação da planta contaminada e pulverização com cobre das plantas no raio de 30 metros – procedimento que deveria ser repetido a cada brotação, além de outras medidas.Por meio da mitigação será possível monitorar as pragas que afetam a citricultura, integrando diferentes medidas de manejo, como o cadastramento das lavouras, a inspeção na lavoura e corte de frutos e cargas lacradas na origem, além do funcionamento e adequação da unidade de beneficiamento. O vice-prefeito, Júnior Formigoni, disse que o encontro foi muito proveitoso e instrutivo. "A informação é uma ferramenta fundamental para combatermos esta praga e garantirmos o sucesso para os agricultores", apontou. Júnior destacou ainda a necessidade de que novos encontros sejam promovidos. "É preciso apoiar os citricultores levando a eles as atualizações de procedimentos e medidas que podem ajudar na mitigação do cancro cítrico em suas propriedades", afirmou. Os representantes da Cimoagro concordam com a necessidade da atualização do conteúdo apresentado na semana passada aos participantes. "É importante realizarmos novos encontros junto com a Prefeitura, Casa da Agricultura, citricultores e empresas ligadas ao setor não só para atualizações sobre a nova legislação, mas também para esclarecer possíveis dúvidas que possam surgir no manejo dos pomares com relação à esta praga", informaram. |